sexta-feira, 1 de maio de 2009

O Que Mudar


Lá, na Senhora do Mundo, o Sol lançava os raios da ambição em pleno século XIX. O ideário de dominação, em que apenas o mais forte sobrevivia, nascia naquele conturbado século. Ainda como embrião em estado de mórula, a "máquina" em pouco tempo tornar-se-ia o centro dos holofotes, tirande de vez o ser humano de cena.
A Mãe-Negra sangrava ao ser esquartejada pelos brancos superiores. A infância da humanidade, tal qual como pregava a Eugenia, ia aos poucos europeizando-se. O que valia era o "from Europe" e ponto final.
O continente onde o Sol costumava nascer passou a presenciar dias eternos sem luz, as flores da primavera haviam murchado, agora restavam folhas finas e secas tal qual como o sertão nordestino. As mãos milenares voltadas para o imaterial enfrentaram aquela esquadra marítima avassaladora e toda aquela cegueira cultural expandia-se para os continentes berços do mundo.
O trabalho era imposto de forma exploratória, famílias dizimadas. A tecnologia agora era objetivo de vida naquela população impostamente européia. Todos alienados. Ninguém mais via o etnocídio. A ideologia do senso comum ganhou o coração e a mente de todos que se vendiam barato para fazer parte do novo modelo de sociedade. Novo, assutador, ditatorial.
E viva o consumo ! E saíam homens e riquezas e entravam agústias e nostalgias. Usam celeular, comem "Fast Food" e vivem subodinados ao imperialismo travestido de desenvolvimento econômico avaçado. Calça jeans, escravos negligenciados, AIDS, armamentos, inglês, massificação, internet, rebanho, esteriótipos, pobreza, classes, castas, o novo. Globalização. Fusão de culturas. Opções de escolha, consumo. Falta de cultura. E a tradição ficou para os empoeirados livros de história.

Um comentário:

  1. Veio uma musica na minha cabeça agora..Alkgo do tipo: " Geração Coca-cola" sabe? haha, tá lindo!

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