terça-feira, 7 de julho de 2009
Semeadura, Cama de Tatami.
A angústia da volta para casa de cabeça baixa só é saciada pela certeza de encontrar o afago no dia seguinte, combustível que faz a máquina continuar com suas polias em movimento. Movimento! Como na dança das garças no fim do outono.
Primavera eterna de lamparinas que iluminam o próximo passo de um chão tortuoso, cheio de espinhos e obstáculos mas com a certeza da frente e a história na mão.
"Vem, vamos embora. "
segunda-feira, 29 de junho de 2009

Jonas Brothers
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Olhar ousado
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Red Cross | Our World Your Move
A produção é da Wanda Productions, de Paris, com pós do Escape Studio.
terça-feira, 26 de maio de 2009
Faça o que digo, não o que faço

quarta-feira, 20 de maio de 2009
Ao sol

Como eu estou hoje?Não sei, é difícil entender
Tantas coisas aconteceram
Que eu não consigo explicar
O mundo continua girando,
mas eu não saio do lugar
olho em volta e tudo,
tudo continua funcionando
[exceto eu
Saio até a esquina
Para ver se algo mudou
Mas nada disso importa
Aqui dentro a tempestade continua
E meu mar só aumenta
Mas, um dia, eu farei o sol brilhar
e então, tudo o que passei
será somente mais um capítulo
[ da minha história
A água vai encobrir os vestígio
Levar a dor
Me deixar úmida, para secar ao sol
Mas meu sol estará aqui
E o meu 'era uma vez'
terá um 'felizes para sempre'
terça-feira, 19 de maio de 2009
WWF | Tarzan

De certo, deu certo.
Tenho de sonhar para viver. Mas sem idealizar, evitando chateações ou tornar-me uma pessoa alheia à realidade. Então, sonhar sem idealizar. É incabível, utopia. E a utopia não é o sonhar sem ter direito de idealizar, pois no fim não há certeza de que é errado?
Desisto de sonhar, deixo para mais tarde, que venha o próximo tópico. Viver bem e realizar-se. Como sem idealizar? Profissionalmente, então. Realizar o sonho esperando algo em troca de tê-lo realizado.. é este nosso trabalho. Mas para isto nos dedicaremos arduamente - a conquista do trabalho- para que depois prostituamos o resto de nossas vidas tentando realizar o sonho, já realizado. Esqueci-me; Viver um dia de cada vez, certo.
Mas, viver bem, pois! E para atingir o bom emprego, estudos. Estudos incessantes sem profundidão alguma. E quando há estudo o bastante, discussões vêm para que absorva ou desenvolva mais a cultura, pois sempre há mais a se saber. E ao fim da frondosa discussão, promissora de intelectos, o nada. A nudez. Nada sei, apesar de saber , mas não tudo. E este não saber não se saceia com mais saber, ele só aumenta. Mas então dizem: " A plenitude é atingida ao descobrir que nada se sabe após saber tudo.". De certo não estou na plenitude.
Mais saber, então, para no futuro atingir a plenitude! Cai. Perdi tudo. Ao almejar no meu futuro a plenitude acabei por idealizar, não vivendo um dia de cada vez e sendo utópica. Agora, mesmo ao alcançar a plenitude, nada mais serei do que uma mente divagando sem rumo, paralela à realidade. Deu certo.
sábado, 9 de maio de 2009
Trecho de "Ode Triunfal" - Álvaro de Campos (heterônimo de F. Pessoa)
Tenho febre e escrevo.
Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto,
Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos.
Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r-r eterno!
Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria!
Em fúria fora e dentro de mim,
Por todos os meus nervos dissecados fora,
Por todas as papilas fora de tudo com que eu [sinto!
Tenho os lábios secos, ó grandes ruídos [modernos,
De vos ouvir demasiadamente de perto,
E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso
De expressão de todas as minhas sensações,
Com um excesso contemporâneo de vós, ó máquinas!
Em febre e olhando os motores como a uma Natureza tropical -
Grandes trópicos humanos de ferro e fogo e força -
Canto, e canto o presente, e também o passado [e o futuro,
Porque o presente é todo o passado e todo o futuro
(...)
Ah, poder exprimir-me todo como um motor se exprime!
Ser completo como uma máquina!
Poder ir na vida triunfante como um automóvel último-modelo!
Poder ao menos penetrar-me fisicamente de tudo isto,
Rasgar-me todo, abrir-me completamente, tornar-me passento
A todos os perfumes de óleos e calores e carvões
Desta flora estupenda, negra, artificial e insaciável!
(...)
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Anistia Internacional



Talvez...

Talvez um dia tudo venha a ser diferente
e nos olhos vazios haja novamente uma luz
e no coração endurecido, novamente uma batida
e na expressão fria, novamente ternura
Talvez a dor da queda seja menor que a alegria da tentativa
A dor do fim, menor que as alegrias do caminho
O fim doloroso, um novo começo
O medo do desconhecido, uma coragem avassaladora
Talvez o olhar intencional ignore os defeitos
O crítico consiga elogiar

E novamente haja cores
Haja sons
Talvez tudo volte a ter sentido:
A criança sorrindo
O palhaço brincando
E, ainda sim, o tempo se esvaindo.
domingo, 3 de maio de 2009
Every child needs a family
sexta-feira, 1 de maio de 2009
O Que Mudar

Lá, na Senhora do Mundo, o Sol lançava os raios da ambição em pleno século XIX. O ideário de dominação, em que apenas o mais forte sobrevivia, nascia naquele conturbado século. Ainda como embrião em estado de mórula, a "máquina" em pouco tempo tornar-se-ia o centro dos holofotes, tirande de vez o ser humano de cena.
PROTEÇÃO DA NAÇÃO

Jogado em gaiolas
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Amanheceu - Parte 1

Dias antes, uma noite de insônia seria impensável, a alegria reinava em seu coração, assim como em seu lar, embora sua razão lhe dissesse que havia algo de errado. Mas, o que deveria ter feito? Ignorar fora tão mais fácil, além de que não havia evidências concretas, ou será que havia?
Alan e Cláudia se conheceram de forma inusitada: era uma manhã fria, o sol resolvera não aparecer e mandara hostis negras nuvens em seu lugar. Chovia muito e para variar todos os táxis estavam ocupados, a estação mais próxima do metrô ficava longe, os ônibus estavam lotados, restando apenas uma solução: aventurar-se a andar com um insignificante guarda-chuva em meio a cruel tempestade. Foi então que Alan a viu: completamente molhada, parecia ansiosa e educadamente pedia informações a algum estranho de como chegar em algum lugar.
- Posso te ajudar?
- Si- sim... como chego no edifício Down Town?
Ela tremia. Só de vê-la, seu coração acelerou e ele desejou poder abraçá-la, protegendo-a de tudo que o mundo pudesse fazer de mal, afinal de contas, era linda: seus longos cabelos escuros emolduravam seu rosto de forma inexplicável e destacavam seus olhos azuis, nos quais Alan se perdeu por uns instantes.
Só após observá-la por alguns segundos foi que se deu conta do conteúdo da pergunta, então seu coração se aqueceu em meio àquela tempestade, se é que isso era possível:
- Eu estou indo para lá também, se a senhorita não se importar, posso acompanhá-la .
- Muito obrigada. Como se chama?
- Me chamo Alan Ferreira e você, senhorita?
-Me chamo Cláudia Farias. Estou indo fazer uma entrevista, você trabalha lá?
- Sim, faz anos.
E com esse início inocente gerou-se uma forte amizade que, quando Cláudia foi admitida para o cargo que almejava (claro que com uma pequena ajuda de seu mais novo amigo), cresceu de forma indescritível, tomando novos rumos.
Como esconder? Alan nunca fora uma pessoa discreta. Não que fosse escandaloso, mas não demonstrar algo que sentia nunca foi um de seus pontos fortes. No entanto, contra todas as expectativas, isso o ajudou: Cláudia, sabendo da reciprocidade, declarou-se. Que alegria! Nunca se sentira tão feliz, tão ansioso pelo fim do expediente, quando sairiam, na qualidade de casal de namorados, pela primeira vez.
Foi o melhor jantar de suas vidas. Que sentimento avassalador era aquele? Nunca, em suas vidas, nenhum deles o tinha sentido, não nessa intensidade, não dessa forma.
O tempo passava e esse sentimento só aumentava. Que maravilha! A espera foi recompensada da melhor forma! No entanto, algo mudou e, no rosto de Cláudia, em que sempre se encontrava um sorriso lindo, começou a aparecer um sorriso amarelo, sem alegria e, nos olhos que outrora se via só o mais completo contentamento, agora havia medo.
Mas, medo de que? Por quê? Ninguém foi capaz de entender a mudança, só de especular sobre, embora, o real motivo estivesse muito longe.
terça-feira, 28 de abril de 2009
sábado, 25 de abril de 2009
Ice-dream

A corriqueira mudança de gostos já tinha virado neurose, e Aninha passou a buscar incessantemente o sabor que a completasse. Assim como os apaixonados buscam nos seus amores o complemento para a sua existência, Ana idealizou aquele sorvete como o que lhe faltava, em quaisquer circunstâncias. Foi em um dia, quando, esperançosa, entrou em uma sorveteria que ouviu uma mulher tipão escadaloso falar para outra mais tímida:
-Tá esperando um milagre, é?!
“Tá esperando um milagre, é?!”. E já perto do balcão ela viu o seu reflexo no vidro acima das cores vibrantes e infantis que vinham dos potes de sorvete. O rosto que viu, porém, não tinha seu nariz, seu cabelo, suas olheiras de noites de estudo, mas ainda assim lhe era familiar. A menina que a olhava sorriu, e quase que de imediato reconheceu a forma curva de seu sorriso e claro, suas covinhas irregulares. Havia mais de 15 anos que não via aquele semblante, naquela época ela tinha então 6 anos e olhava-se no espelho. Lembrou que, nesta época, não importava se ralava o joelho, batia na quina da porta ou tropeçava nas pedrinhas da calçada, a solução era sempre sorvete de pistache. Os tropeções agora eram maiores, bem maiores. Percebeu que havia anos que tentava ignorar o fato de que seus problemas não eram mais os mesmos, e na tentativa de escape se prendeu no que era a sua fuga quando o seu maior problema era a boneca que andava desaparecida.
- Ei mocinha, posso ajudar?
Naquela tarde, Ana saiu com um sorvete de pistache em uma mão e o celular na outra. Na boca, sentia gosto de nostalgia, ao telefone falava poucas e boas para a chefe. Daquele dia em diante fez por conta, não esperou mais milagre nenhum fazer nada por ela, passou a idealizar seus objetivos, não sua vida e além de tudo aprendeu a apreciar todos os sabores de sorvete que a vida lhe oferecia, sem cobertura, originalmente sorvetes, bons ou ruins, sempre gelados.
quinta-feira, 23 de abril de 2009
E se fosse na sua casa?

terça-feira, 21 de abril de 2009
200 anos de Charles Darwin

Um trem vai atingir 5 pessoas que trabalham desprevenidas sobre a linha. Mas você tem a chance de evitar a tragédia acionando uma alavanca que leva o trem para outra linha, onde ele atingirá apenas uma pessoa. Você mudaria o trajeto, salvando as 5 pessoas e matando 1?
( ) mudaria
( ) Não mudaria
Imagine a mesma situação anterior porém agora com uma diferença existe apenas uma linha, e o trem pode apenas ser parado empurrando um objeto pesado em sua frente. Uma pessoa com uma mochila muito grande está ao lado da ferrovia. Se você empurrá-lo para a linha, o trem vai parar, salvando as 5 pessoas, mas liquidando uma. Você empurraria o homem da mochila para a linha?
( ) Empurraria
( ) Não empurraria
O sentimento de culpa falaria que o sentimento de ter cometido um crime no primeiro teste seria menor comparado ao segundo teste, pois empurrar uma pessoa em um trilho acaba sendo mais cruel na sociedade em que nós vivemos.
O homem continua sendo um animal, que é controlado pelos seus desejos e instintos, por que agora não mostra o seu natural?
Vivemos a base de antropofagia, e carnificina, acredito que apenas mascaramos o que somos, temos medo de ser rotulado pelas outras pessoas de animal ou que as pessoas acreditem que temos uma doença mental. Essa sociedade hipócrita só mostra o quanto há uma ideologia estampada na cara de cada cidadão, que esconde o quanto somos canibais.
Parabéns Charles Darwin pelos seus 200 aninhos.
Tudo será como Antes Amanhã
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Derretido Pela Cruz Vermelha


Sou o primeiro a postar nesse blog, que por motivos ``desconhecidos´´ possui um intuito de não ter um intuito (confuso?), tal que, somos apenas jovens tentando fazer algo por nós mesmos, por que se não quem irá fazer?
Este primeiro post, é sobre uma propaganda que não é para o consumo excessivo de algum produto, é sobre um problema que todos nós deveríamos entender e fazer cada um a sua parte.
Esta propaganda foi vinculada na Argentina. A Cruz Vermelha achou uma forma bem criativa e interessante de entregar folhetos, que para muitos era algo que era enviado logo para o lixo ou ignorado. Uma pessoa derretida na calçada acredito que seria poucos que não iriam perceber a sua forma ``geléia´´.
Tais folhetos além de explicar sobre os problemas do aquecimento global, também dava dicas de como economizar energia, em prol de uma vida melhor.